A dívida pública do Brasil continua sendo a grande âncora fiscal, cuja roda sempre gira a favor dos banqueiros credores e quem paga a conta é o cidadão contribuinte ou não. Quando o Brasil capta recursos de forma primária paga mais barato, mas quando rola
a dívida paga bem mais caro. Outro grave problema é a Previdência, afora os desvios recentes. O modelo ficou insustentável e a falta de credibilidade da política fiscal criou uma crise fiscal, com a moeda que mais desvalorizou no mundo em 2024. Quem tinha o equivalente a 100 dólares, tem 75 dólares. Cerca de 55% da dívida pública brasileira vence a curto prazo em 24 meses. Somos o país que mais paga juros à dívida pública,
cerca de 990 bilhões em 2024. Temos o maior juros do mundo. Ou seja, o paraíso dos
banqueiros agiotas e que virou um inferno para os brasileiros consumidores. Esse ciclo vicioso não é sustentável e vai estourar, caso não se tome uma mudança de rota efetiva.
Ora, temos uma crise fiscal, o maior juros do mundo, a inflação pressionando, os programas sociais se deteriorando. É uma crise mais grave que a de 1999 e 2015. A dívida bruta do Brasil ultrapassou R$ 9 trilhões pela 1ª vez na história em outubro de 2024, crescendo dois trilhões em dois anos. Somou R$ 9,032 trilhões no mês, com alta de 1,16% em relação a setembro e de 14,13% ante outubro de 2023.
O Banco Central divulgou o relatório “Estatísticas Fiscais” em 29 de novembro de 2024. Ora, e o Brasil pode continuar sem enxergar esse assunto de tamanha relevância para o destino desse país, jogando para 2027? Não. Reestruturação da dívida já sem calote!
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