Empresário, vamos direto ao ponto: sua empresa está endividada, mas ainda tem fôlego para se recuperar? Então a recuperação extrajudicial pode ser exatamente o que você precisa.
A recuperação extrajudicial é como uma negociação estruturada com seus credores, mas sem precisar passar pelo desgaste de um processo judicial completo. É você sentando com quem sua empresa deve e dizendo: “Vamos resolver isso de forma organizada”. A grande vantagem? Velocidade. Enquanto uma recuperação judicial pode levar anos, a extrajudicial pode ser concluída em poucos meses. E tempo, como você sabe, é dinheiro – especialmente quando se está em crise.
Esta modalidade funciona melhor quando sua empresa ainda consegue operar e gerar caixa, quando a maior parte das dívidas está concentrada em poucos credores e existe disposição genuína para negociar de ambos os lados. É fundamental que você precise de uma solução rápida para não comprometer as operações do negócio.
O processo é mais simples do que parece. Primeiro, você e sua equipe jurídica preparam uma proposta realista de pagamento. Em seguida, apresentam o plano aos credores principais. Com 60% dos créditos concordando, o plano pode ser homologado judicialmente. Depois disso, é só cumprir o acordado e sua empresa volta a respirar.
As vantagens são claras e diretas. Você mantém o controle do processo e a gestão da empresa em suas mãos, sem intervenção judicial. A preservação da imagem é outro ponto forte, pois menos exposição pública significa menos danos à reputação do negócio. Os custos também são reduzidos, já que sem a burocracia judicial pesada, os gastos com o processo são significativamente menores. Além disso, há muito mais flexibilidade nas negociações, que podem ser mais criativas e adaptadas à realidade do seu negócio.
Mas nem tudo são flores. A recuperação extrajudicial tem limitações importantes que você precisa conhecer. Ela não suspende execuções e cobranças automaticamente, precisa de credores dispostos a negociar, não abrange dívidas trabalhistas e tributárias e exige transparência total com os números da empresa. Se seus credores não estiverem abertos ao diálogo, essa pode não ser a melhor opção.
A escolha entre recuperação judicial e extrajudicial não é sobre qual é melhor em absoluto, mas qual se adequa ao momento da sua empresa. Se você tem um negócio viável, credores razoáveis e precisa de agilidade, a extrajudicial pode ser o caminho ideal. É uma decisão estratégica que deve levar em conta a realidade específica do seu negócio.
Lembre-se: o pior erro em uma crise financeira é a paralisia. Quanto antes você agir, maiores as chances de recuperação. A recuperação extrajudicial oferece uma alternativa real para empresários que querem resolver seus problemas de forma rápida e eficiente, sem o desgaste e a demora de um processo judicial tradicional.
Procure assessoria jurídica especializada, analise friamente os números e tome a decisão. Sua empresa – e seus funcionários – agradecem. O importante é agir enquanto há tempo e condições de negociar. A recuperação extrajudicial pode ser a ponte entre a crise atual e o futuro próspero que sua empresa merece.
A Editora OAB/PE Digital não se responsabiliza pelas opiniões e informações dos artigos, que são responsabilidade dos autores.
Envie seu artigo, a fim de que seja publicado em uma das várias seções do portal após conformidade editorial.