Jeff daCruz

Sem voz real, sem autoridade: o novo recado do YouTube para quem comunica no Direito

Postado em 15 de julho de 2025 Por Jeff daCruz Empreendedor audiovisual, radialista e fundador da Conteúdo Legal. Cofundador do CERS, atua há mais de 15 anos conectando o setor jurídico à comunicação estratégica, conteúdo digital e posicionamento de autoridade.

A partir de julho de 2025, o YouTube passou a desmonetizar vídeos feitos apenas com inteligência artificial e sem participação humana. A nova regra não proíbe o uso da IA, mas impõe um critério claro: se não houver narração real, edição própria ou curadoria interpretativa, o vídeo será considerado inautêntico.

Esse movimento é mais profundo do que parece. Ele revela uma tendência global: o retorno da valorização do conteúdo com assinatura humana. Em tempos de excesso de automação, quem comunica com verdade se destaca.

E isso diz muito à advocacia.

Na advocacia, conteúdo exige responsabilidade

Advogados e escritórios vêm usando a IA para criar conteúdos em escala: roteiros automáticos, narração sintética, postagens repetitivas. Mas o que o YouTube deixa claro agora é que conteúdo genérico não constrói autoridade — e, a partir de agora, nem monetiza.

Não basta dizer o que todo mundo já disse. O conteúdo precisa ter contexto, interpretação, posicionamento. E isso a IA, sozinha, não entrega.

O que fazer, então?

A resposta é simples: usar a inteligência artificial como ferramenta, não como atalho.

Um conteúdo de valor pode — e deve — nascer com apoio da IA. Mas ele precisa carregar a identidade do advogado:

  • Uma explicação com sua própria voz;
  • Um exemplo real vivido no escritório (sem quebrar sigilo);
  • Uma análise sua sobre uma decisão recente.

É a combinação entre tecnologia e pensamento jurídico que gera autoridade.

Você está no controle

Se você já entendeu que o futuro da advocacia passa pela comunicação, aqui vai o alerta:
não terceirize a sua voz.

Use a IA, sim — mas com inteligência estratégica.
Seja ético, original e constante.
Crie conteúdo que eduque, posicione e gere confiança.

Conclusão

O YouTube não está punindo a tecnologia. Está valorizando o humano.
E o advogado que quiser crescer no digital precisa se posicionar com clareza, verdade e conteúdo autoral.

A Editora OAB/PE Digital não se responsabiliza pelas opiniões e informações dos artigos, que são responsabilidade dos autores.

Envie seu artigo, a fim de que seja publicado em uma das várias seções do portal após conformidade editorial.

Gostou? Compartilhe esse Conteúdo.

Fale Conosco pelo WhatsApp
Ir para o Topo do Site